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Nossa Patrona

A patrona do nosso coletivo é a Deusa Hécate (Ἑκάτη), que era filha dos titãs Astéria e Perses. E após a vitória dos deuses olímpicos contra os titãs, na titanomaquia, Zeus, Poseidon e Hades partilharam entre si o universo. A Zeus coube o céu e a terra, a Poseidon coube os oceanos e Hades recebeu o mundo das trevas e dos mortos. Entretanto, Hécate manteve os seus domínios sobre a terra, os céus, os mares e sobre o submundo, continuando a ser honrada pelos deuses que a respeitavam e mantiveram seu poder sobre o mundo e o submundo. A deusa, naturalizada na Grécia micénica ou na Trácia, mas oriunda das cidades cárias de Anatólia, era vista como Grande Deusa em períodos históricos, no seu lugar de culto em Lagina. Os gregos sempre viam Hécate como uma jovem donzela. Acompanhada frequentemente em suas viagens por uma coruja, símbolo da sabedoria, a ela se atribuía a invenção da magia e da feitiçaria, tendo sido incorporada à família das deusas feiticeiras.

Considerando-se a Psicologia Junguiana na qual o Arquétipo representa padrões de comportamento associados a um personagem ou a um papel social, isto é, modelos de todo o conteúdo presente na psique do ser humano, escolheu-se a Deusa grega Hécate como símbolo dessa frente voltada para os saberes ancestrais e as práticas integrativas femininas.      Descrita em mitos milenares pré-helênicos como a própria alma do Universo e enaltecida por sacerdotisas, parteiras, curandeiras e pessoas comuns, pois era vista como a doadora da riqueza e de todas as bênçãos; entretanto, com a instauração do patriarcado, lastimavelmente, a sua imagem se modificou, tornando-se a personificação do mal. Segundo a analista junguiana canadense Marion Woodman, a deusa Hécate simboliza a capacidade de encarar o sofrimento e caminhar com uma tocha em direção à escuridão inconsciente, a força para o mergulho na escuridão de forma consciente e reveladora.  Ela encara os medos, deixa morrer o velho para o novo nascer.

A deusa grega foi retratada em 1795 por William Blake.

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